Essas delicadas criaturas,
teimam em fazer folia em meu estomago,
tem dias que estão especialmente inquietas,
tentam encontrar a saída,
então o beijo contido se faz ainda mais em saudade,
uma anestesia temporária, um descuido.
Lindas borboletas ... expectativas..
Borboletas no estomago fazem rodar a cabeça,
e a impulsividade vem a tona.
O coração acelera, a fantasia toma conta.
Então acontece a poesia.
Lembro que ainda criança,
borboletas coloridas eram minha coleção favorita.
Mas que coisa mais sem sentido! Cruel.
Serenidade mascarada...
É quase uma arte caçar borboletas,
todo cuidado é pouco.
Controla-se a respiração,
os passos, os movimentos.
A beldade não pode perceber sua presença.
Vem e pousa lentamente,
Assim é sequestrada suave e surpreendentemente.
Linda borboleta paralisada,
Cadê a graça do vôo?
Que amor é esse? Que seqüestra o vôo das borboletas?
Egoista, admira a vida sem vida, as cores sem liberdade.
E essas que ficam transitando em meu estomago?
São as que cismei em guardar ainda criança.
E se as liberto quando beijo, voltam com mais desejo.
Fazem parte de mim... um amor mutante, um amor sem fim.
(Adriana Garcia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário