terça-feira, 24 de agosto de 2010

AMOR É AMOR, E PRONTO!



AMOR É AMOR, E PRONTO!

AMOR CONSTRUÍDO,
é doação constante,
Conduz e induz profundamente
todo o ser numa missão incansável,
Onde o desapercebido
passa a se tornar admirável,
E num deserto cheio de indiferenças
a presença  tornar-se  água,
E a convivência, ar. 
A conspiração do universo abençoa
num toque suave, tranqüilo, e amigo.
Então o templo se constrói,
gerando vida, sentido, e propósito divino.
Rotina estável que acomoda
aos mais poderosos mortais.
Politicamente correto,
socialmente aceitável
posto que é aparentemente sólido,
E conveniente para se manter a ordem e religião. Que sejam felizes então!

AMOR NATO,
simplesmente vem,
No inicio confunde,
atrapalha os sentidos,
atordoa e ao mesmo tempo sacia.
Cai do céu.
Na verdade o aroma
é quase um presente dos anjos,
É o reencontro de almas
que um dia o véu separou
com a nuvem de esquecimento temporal,
E basta o toque do olhar,
e o espaço se completa, se faz luz. 
Energia de freqüências sintonizadas, unidas,
Mobilizadas em uma atração quase sem defesa.
Pré-mortal, nascido antes do  fôlego.
Quase sem livre arbítrio
instala-se com determinação,
Não se incomoda com preceitos
impostos por um mundo completamente político.
E não há razão que comande tal coração,
visto que já existia antes da matéria.

NATO ou CONSTRUIDO, amor é amor, e pronto!
O importante é deixá-lo acontecer,
sem pressa e sem atraso.
Intuitivamente no momento exato!
Como o “destino”  Trás.

Não lutar contra,
nem viver a favor de,
simplesmente deixar acontecer.

(Adriana Garcia )

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Borboletas no Estômago

Essas delicadas criaturas,
teimam em fazer folia em meu estomago,
tem dias que estão especialmente inquietas,
tentam encontrar a saída,
então o beijo contido se faz ainda mais em saudade,
uma anestesia temporária, um descuido.
Lindas borboletas ... expectativas..

Borboletas no estomago fazem rodar a cabeça,
e a impulsividade vem a tona.
O coração acelera, a fantasia toma conta.
Então acontece a poesia.


Lembro que ainda criança,
borboletas coloridas eram minha coleção favorita.
Mas que coisa mais sem sentido! Cruel.

Serenidade mascarada...
É quase uma arte caçar borboletas,
todo cuidado é pouco.

Controla-se a respiração,
os passos, os movimentos.
A beldade não pode perceber sua presença.
Vem e pousa lentamente,
Assim é sequestrada suave e surpreendentemente.

Linda borboleta paralisada,
Cadê a graça do vôo?

Que amor é esse? Que seqüestra o vôo das borboletas?
Egoista, admira a vida sem vida, as cores sem liberdade.

E essas que ficam transitando em meu estomago?
São as que cismei em guardar ainda criança.
E se as liberto quando beijo, voltam com mais desejo.
Fazem parte de mim... um amor mutante, um amor sem fim.

(Adriana Garcia)

sábado, 14 de agosto de 2010

Quem sou eu

Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.


Tenho razões e motivações próprias,
Me movimento por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.


Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,


Deles sei eu.
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.


Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.


Não me fale de nuvens,
Eu sou o Sol e a Lua,


Não conte as poças,
Eu sou o mar,
Profundo, intenso, passional.


Não exija prazos e datas,
Eu sou eternidade e atemporal.


Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.


Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço
Sem hora,
Local ou ordem.


Vivo em cada molécula,
Sou um todo e às vezes sou nada,


Você não me vê,
Mas me sente,
Estou tanto na sua solidão,
Quanto no seu sorriso.


Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se por mim,
Eu sou começo e fim
E todo o meio.


Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece,


Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas.


Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.


Sou tudo,
Sem mim tudo é nada.


Sou amanhecer,
Sou fênix,
Renasço das cinzas,


Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer,


Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.


Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.


Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.


Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.


Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.


Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.


Sou água,
Afogo, inundo, invado.


Sou clima,
Proporcional à minha fase.


Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...


Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.


Sou seu problema
E sua solução.


Sou seu veneno
E seu antídoto,


Sou sua memória
E seu esquecimento.


Eu sou seu reino, seu altar,
E seu trono.


Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.


Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,


Velo seu sono...


Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia de quem sou...


Muito prazer! Tenho vários nomes.


Mas aqui, na tua presença,
Chamam-me de Amor.


(autor desconhecido)