sábado, 24 de janeiro de 2009

Um dia de cada vez




Um dia de cada vez


Ando vagamente, numa névoa que confunde ...
E ninguém entende esse abismo.

Parte de mim sente uma falta enorme
Deste alguém que nunca chega.
A razão prefere ignorar.

Nasce sol, sol se põe...
E dia a dia a agonia serena
Passa despercebida aos olhares.
Mas incomoda, dói, e se perde
Neste mundo de ilusões.
Onde o que  parece ser, não é amor.

Esse amor total que tanto preciso.
Que parece ter sido minha parte
E que o destino levou longe...
Nunca chega ... talvez não chegue.

Amor assim tão profundo,
Talvez não faça parte deste mundo.

E essa saudade de não sei quem
De não sei o que, de não sei onde...
Navega por meus mares,
Em todos os lugares.

Camuflada por um sorriso aqui e outro ali.
Sempre sutil, cruel
Sem sentido, sem consolo.

Quero colo, mas esse amor não vem,
Então quero esquecer...
Mas esse amor não se esquece.
É natureza do espírito.
Então se aprende a conviver incompleta.

Pela metade...
Um dia de cada vez...
Na esperança de...
Quem sabe um dia...

(Adriana Garcia - 24/01/09)

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