
Um dia de cada vez
Ando vagamente, numa névoa que confunde ...
E ninguém entende esse abismo.
Parte de mim sente uma falta enorme
Deste alguém que nunca chega.
A razão prefere ignorar.
Nasce sol, sol se põe...
E dia a dia a agonia serena
Passa despercebida aos olhares.
Mas incomoda, dói, e se perde
Neste mundo de ilusões.
Onde o que parece ser, não é amor.
Esse amor total que tanto preciso.
Que parece ter sido minha parte
E que o destino levou longe...
Nunca chega ... talvez não chegue.
Amor assim tão profundo,
Talvez não faça parte deste mundo.
E essa saudade de não sei quem
De não sei o que, de não sei onde...
Navega por meus mares,
Em todos os lugares.
Camuflada por um sorriso aqui e outro ali.
Sempre sutil, cruel
Sem sentido, sem consolo.
Quero colo, mas esse amor não vem,
Então quero esquecer...
Mas esse amor não se esquece.
É natureza do espírito.
Então se aprende a conviver incompleta.
Pela metade...
Um dia de cada vez...
Na esperança de...
Quem sabe um dia...
(Adriana Garcia - 24/01/09)